terça-feira, 5 de julho de 2011

A queda.



A solidão me acompanha
Em mais um cálice de vinho.
Vivo como um pássaro
A esperar dentro do ninho.
Aguardo que cresçam minhas asas,
Que tenha forças para voar.
Pois perdi meu chão
E sem o mesmo não posso caminhar.

Meu castelo de sonhos,
Agora surrupiado
Por um ladrão de noite
Que perdera seu legado.
O destino o ajudou
Tirando a paz de mim.
Mas não resisti
Decretando meu fim.

Acredito que minha morte
Tenha valido a pena.
Pois hoje não adormeço
A sombra de um dilema.
Voei o mais alto que pude
Em meu universo de fantasia.
E caindo em queda livre
Acordei num novo dia.

Desisti do meu sorriso...
Aquele velho sorriso forjado.
Desisti de ser feliz...
De ser feliz embriagado.
Aquele triste garoto
Encontrou o que procurava.
Na rua da amargura...
Este morto em uma calçada.

Não sei o que restou...
O que sobrara de mim agora.
Apaguei meu passado
Para escrever uma nova historia.
Não viverei mais de sonhos
Pois encontrei forças para encarar a realidade.
E que sabe algum dia
Me devolvam a felicidade.

                                        (Jf.)
                        

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