sexta-feira, 8 de julho de 2011
Casulo.
Acorrentado a um passado,
Qual não me pertence.
Minha memória demonstra fatos
Que surgem de repente.
A minha personalidade,
Transmuta como os ventos
Outrora bom, outrora ruim
Mas pela circunstancia tenso.
Minha imagem no espelho
Não reflete o que sou.
Talvez eu esteja preso a sonhos
Que a realidade se mesclou.
Meu corpo se fez veste,
De indivíduo desconhecido.
Qual encontrei em sonhos
Sem ter antes adormecido.
Dos sonhos e da realidade
Não distingo a verdade,
Brincando com minha alma
Sem dó e nem piedade.
Pensando num futuro hoje,
Me conforto com distintas hipóteses
Pois tudo o que tenho em mente
Da verdade se distorcem.
Se estou preso a um labirinto
Vivendo meu presente,
Como construir bases para um futuro
Que somente a Deus pertence.
Apenas o que sei é que estou enfraquecendo.
De tanto lutar pela vida estou morrendo.
Não sei se é o corpo, a alma.
Mas já nem me surpreendo.
Teria eu falecido a tempos?
Pois já não sei o que vivo.
(Jf.)
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