terça-feira, 13 de setembro de 2011

Engolindo a própria cauda.



Deslumbraram-se por um semblante cativante
Renderam-se ao encanto de um sorriso forjado.
O ouro dos tolos não deixa de ser brilhante
Mas não tem valor mesmo que lapidado.

Encena na vida um personagem simpático
Personifica o amor em uma banal atuação.
O defeito da mascara é que não esconde o olhar
O que dizem ser as janelas para o coração.

O martírio é um alívio para que contempla a dor
Nasceu morto mas não compareceu ao velório.
A fraqueza e a inocência são fatores a seu favor
Não sabe diferenciar pessoas de ratos de laboratório.

Nunca soube diferenciar o amor da cobiça
Tentou ir as nuvens mas teve as asas amputadas.
Se fez de serpente engolindo a própria cauda
O fogo cessa mas ainda restam-lhe as brasas.

João Fernandes Ferreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário