terça-feira, 15 de março de 2011

Uma estranha




Às vezes te vejo andando sem saber para onde ir
Com um semblante que apresenta tristeza e angustia.
E esse ar de mistério me faz te seguir
Procurando salvar-te do que te assusta.
Mesmo sem saber o que procuro,
Como encontrar uma agulha no palheiro no escuro.


Acabei me ligando a teu ser.
E enquanto não te ver sorrindo
Será eu quem ira sofrer.
Então, caminho a seu lado
Mesmo sem você me dirigir a palavra,
Continuamos nossa busca rotineira.


Mas um dia, intrigada ela pergunta:
-O que você procura?
Eu totalmente constrangido respondo sem saber:
-O mesmo que você.
Então sorrindo ela me diz:
-Você já encontrou.


Eu sem entender o que ela dizia,
Fiquei filosofando até entender.
Que ela só buscava companhia
Para caminhar todos o dias
E esquecer a solidão.
                               (Jf.) 

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