sábado, 8 de outubro de 2011

Meu primeiro roubo.



As horas passam rapidamente...
Presumo ainda não estar preparado.
Reviso mais uma vez todos os passos
Pois hoje nada pode dar errado.


Chega a hora de pôr o plano em prática 
A adrenalina vai consumindo o meu ser
Penso que poderia evitar o ato
Mas me sinto predestinado a cometer.


Tento focar meus pensamentos.
Tudo foi minuciosamente planejado
Perpetrarei meu primeiro roubo
Com o intuito de ser apanhado.


Ao longe visualizo minha bela vítima
Há uma ansiedade que preciso conter
Pois já é tarde para voltar atrás
E o arrependimento iria me corroer


Aproximo-me calmamente...
Não lhe dirijo sequer uma palavra
Aguardando que olhe nos meus olhos
E antes de gritar já a deixo calada.


Roubar-lhe um beijo será pecado?
Ainda mais se planejei a situação?
Porventura não escolhi estar apaixonado
E já estou aprisionado a uma paixão.


Senti o calor de seus lábios
Sendo umedecidos pela minha saliva
As respirações se aceleram 
E o momento se eterniza.


Retorno à realidade trazida pelo tapa.
A ardência me deixa aliviado
Respiro fundo soltando um longo sorriso
Pois tenho a certeza de estar acordado. 


João Fernandes Ferreira.

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